Clínica Amet

Polissonografia: quando o sono não vai bem, é hora de investigar

Você acorda várias vezes durante a madrugada? Tem dificuldade para voltar a dormir? Ronca com frequência ou se sente cansado mesmo após uma noite inteira de sono?

Se respondeu “sim” para alguma dessas perguntas, saiba que você não está sozinho — e mais importante: isso não é normal. Pode ser o momento de considerar um exame fundamental para entender o que está acontecendo com o seu sono: a polissonografia.

Vivemos cansados — e não é por acaso

Nos dias de hoje, é comum ver pessoas se queixando de cansaço constante, dores de cabeça ao acordar, falta de foco ou irritabilidade sem motivo aparente. Muitas vezes, esses sintomas são atribuídos ao estresse ou à correria do dia a dia. Mas a verdade é que o sono de má qualidade tem sido um dos grandes vilões silenciosos da saúde moderna.

Estamos constantemente expostos a estímulos digitais — celulares, computadores, redes sociais, excesso de informação. As telas, especialmente à noite, alteram o ritmo natural do nosso corpo e prejudicam a produção de melatonina, o hormônio responsável pelo sono.

Ou seja: dormir bem se tornou um desafio moderno. Mas dormir mal não pode ser tratado como algo normal.

O que é a polissonografia?

A polissonografia é um exame simples, porém altamente completo, que monitora o sono do paciente durante uma noite inteira. Por meio de sensores colocados no corpo, o exame analisa diversos parâmetros, como:

  • Atividade cerebral
  • Movimentos oculares e musculares
  • Ritmo respiratório
  • Frequência cardíaca
  • Níveis de oxigênio no sangue
  • Presença de roncos ou pausas respiratórias

Tudo isso é feito enquanto você dorme, de forma não invasiva, em uma clínica especializada ou até mesmo em casa, dependendo do caso.

Para quem o exame é indicado?

A polissonografia é indicada principalmente para pessoas que apresentam queixas como:

  • Dificuldade para iniciar ou manter o sono
  • Acordar no meio da noite e não conseguir voltar a dormir
  • Roncos intensos ou pausas na respiração (apneia do sono)
  • Sonolência durante o dia, mesmo após uma noite “completa” de sono
  • Cansaço excessivo, queda de rendimento ou alterações de humor
  • Movimentos involuntários durante o sono (como agitação das pernas)

Esses sinais muitas vezes são ignorados, mas podem indicar distúrbios sérios do sono, como apneia obstrutiva, insônia crônica, síndrome das pernas inquietas, entre outros.

Por que investigar o sono?

Dormir bem não é um luxo. É uma necessidade fisiológica essencial para a saúde física e mental.

A privação de sono ou o sono de baixa qualidade pode desencadear ou agravar problemas como:

  • Hipertensão e doenças cardiovasculares
  • Diabetes tipo 2
  • Depressão e ansiedade
  • Obesidade
  • Queda de imunidade
  • Déficit de memória e atenção

Portanto, entender como está seu sono é o primeiro passo para cuidar de todo o resto.

Dormir bem é um direito — e pode ser recuperado

A boa notícia é que a maioria dos distúrbios do sono tem diagnóstico e tratamento. Mas é preciso investigar com precisão. E a polissonografia é a melhor ferramenta para isso.

Se você se identifica com as queixas que mencionamos, não normalize esse cansaço constante. Dormir bem é vital para viver bem.

Dr. Cristiano Augusto
Médico Neurologista e Neurofisiologista | CRM 114668 – SP | RQE 83810 e 838101
Sócio da Clínica Amet – Neurologia e Neurofisiologia

Este conteúdo é informativo e não substitui a consulta com um médico ou profissional de saúde. Se você apresenta dificuldades relacionadas ao sono, procure uma avaliação especializada.

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